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Lembra quando o futuro era um lugar mágico, povoado por carros voadores e robôs que preparavam seu café da manhã? Talvez não. Talvez você tenha nascido nas últimas décadasquando a nossa imagem do futuro já estava mais para uma realidade distópica, estilo Blade Runner, que para a alegria colorida e esperançosa dos Jetsons. A verdade é que o futuro não é mais o que costumava ser.

O presente, futuro do nosso passado, é um tempo aterrorizante e maravilhoso. Nunca estivemos tão conectados. Ou tão sozinhos. O fim está próximo e, se não mudarmos nosso curso, é bem provável que nunca chegaremos onde estamos indo.

Para ter esperança, todas as ações, grandes ou pequenas, contam. Acreditamos que os lugares mais incríveis da cidade devem ser para as pessoas, e não para os carros. Que um bom café deve celebrar as mãos de quem o colheu e plantou. Que comida boa pode e deve vir cada vez mais de uma planta, e não de uma fábrica. Que tudo bem comer um pouco de bacon no fim de semana. Que pão de verdade é feito com tempo, suor, farinha, água e sal. E que a melhor maneira de adivinhar o futuro é criá-lo.


 

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MEIA NOITE.

CAFÉ TORRADO NO FUTURO.

Todo café conta uma história única, que começa muito antes da torra, muito antes da xícara, começa nas mãos da agricultora, nas rugas do produtor.



Mais do que um bom café, buscamos uma história coerente, um carinho no cultivo, uma seriedade na roça, um respeito com o grão.
Para encontrar um bom café, é necessário fazer uma viagem muito particular. Caminhar pela roça do produtor, entendendo a complexidade de cada terreno, o universo de cada variedade, as idiossincrasias de cada cultivo, poder provar uma fruta madura no pé ou alegrar a visão e o olfato com a beleza e o perfume de uma florada branca e delicada.

Sentar à mesa com a família do produtor, dividir um almoço de campo, caseiro, generoso, e ouvir seus causos enquanto nos servimos de cachaça produzida por algum vizinho.



Ao fim e ao cabo, o universo não é feito de moléculas, e sim de histórias.
No nosso copo de café cabe uma conversa; e nos nossos pacotinhos encontram-se pequenas doses de conforto e alegria para levar para casa.



Felicidade é dar a sorte de encontrar o café sendo torrado e perfumando o salão ou casar café com croissant. Não precisa muito.

 

 

 
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FERMENTAÇÃO NATURAL É VIDA

De casca firme e crocante, interior macio e fofo, parece um boy em desconstrução mas é nosso pão de fermentação natural.

O responsável por este milagre, se chama levain, a massa mãe, o fermento selvagem, o sourdough ou fermento natural - aquele que contém seres (muito) vivos dentro.

Estes microorganismos se alimentam do açúcar (glicose) existente na farinha e como resultado deste processo, liberam gás carbônico. É este maravilhoso segredo invisível que faz o pão crescer.

No processo de fermentação natural, quando usamos o levain, tudo acontece de maneira muito lenta. Essa lerdeza toda ajuda a quebrar as complexas moléculas do glúten fazendo com que ele se decomponha em moléculas de proteínas mais simples. Ou seja, quando você for comer nosso pão, a parte difícil da digestão de glúten, já foi feita previamente por nossas amigas milagreiras leveduras.

Resultado; você não vai ficar com a barriga inchada (cheia de pum) e se sentindo mal por ter comido farinha e - olha que beleza, vai comer menos açúcar - sim o índice glicêmico do pão de fermentação natural é mais baixo, já que as leveduras já comeram quase tudinho para conseguirem fazer a massa crescer.

Índice glicêmico mais baixo do que outros pães, portanto menos calórico, talquei?

Outra maravilha deste milagre é que a fermentação natural de pães aumenta a biodisponibilidade de vitaminas e minerais. Isso faz com que esses pães tenham mais nutrientes do que os fabricados pelo método comum. Sem contar que, aqui no Futuro a gente só faz pão com farinha, água e sal, não há uma adição de conservantes e outros quatrocentos “antes” daí obviamente você vai comer um alimento muito mais saudável e muito menos suspeitoso.

As nutris piram:

“O consumo de pães de fermentação natural reduz o uso de ingredientes ultraprocessados e melhora a absorção dos nutrientes.”

Bem melhor que o boy em desconstrução, vai!

 

 

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Gabriela e Karina são irmãs e tiveram uma infância idílica, cercadas de frutas e matos, mel e leite cru, café moído na hora, águas douradas de uma lagoa e palestras paternais sobre botânica. Tudo isso teria um fim quase trágico e, quem sabe, por isso mesmo, elas tenham seguido suas vidas tentando recriar de alguma forma o éden perdido. Gabriela aprendeu a cozinhar depois de sucumbir ao tédio da vida acadêmica de um curso de letras. Karina descobriu que gostava de cuidar de pessoas mesmo depois de produzir muitos casamentos para noivas histéricas.

Elas não queriam mudar o mundo. Queriam um lugar com uma luz sensacional, com boa comida, café-delícia e ótima música.

Elas queriam trabalhar juntas e plantar matos que cresceriam loucamente em algum canto do restaurante. Ah, bom, e talvez mudar um pouquinho o mundo.

 
 

PARA SABER COMO NASCEU O FUTURO, TA AQUI NOSSO DOCUMENTÁRIO, POR GUI GALEMBECK

 
 

 

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